quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Nosso mundo

Deixe-me viver e sentir segundas emoções, deixe o vento beijar seu rosto e que a chuva venha de mansinho cair em seus campos, que forme-se um arco íris cruzando nosso céu anil e que reflita nas gotas de orvalho em nosso jardim. Que as gotas não sejam em minha janela mais que minha esperança de um lindo alvorecer. Me acompanhe ! Sente-se comigo no gramado sem medo de sentir singelas emoções, abra a mente e suba nesse carrossel , ou o que você quiser imaginar, e vamos para bem longe; além das nuvens olhar bem de perto os céus. Segure em minha mão e sinta minha pele , conecte-se em mim e sinta minha alma. Sobrevoe o lago cristalino de águas puras e a toque com as pontas dos dedos, olhe e veja reflexo do nosso mundo , onde o homem nocivo não chega.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

O Lobo

 Um lobo errante com os pelos pálidos ofuscado pelo nevoeiro gélido farejava em vão para encontrar seus velhos amigos que não dava sinais de vida. Dava passos cautelosos sobre as folhas formando ruídos gritantes, só não mais  escandaloso que o silêncio fúnebre. O vento frio e  lúgubre trincava até a alma do lobo dando-lhe aparência de defunto. Contudo seus olhos eram como farol em mar tempestuoso emanando a esperança de um triunfo, brilhando em meio a cortina pálida do bosque. Ouve-se um ruído. O lobo para mantendo-se alerta. Seus olhos não perdiam o brilho. Eram azuis como cristal lípido. ''Não temas pobre lobo! Sua esperança é seu guia , seus olhos são como chamas sublimes''. Dizia uma voz em seu interior. O lobo balança sutilmente a cabeça como se desse ordem ao seu corpo para seguir, move a primeira pata , em seguida outra e segue como flecha incandescente. Em cada galope o nevoeiro ficava menos denso e as árvores iam tornando-se mais vivas. Ouve-se mais ruídos , mas o  lobo não desistia. ''Vá Lobo valente!'' Correndo como uma carroça de fogo portentoso. De repente, passa da densa vegetação e para em um área aberta rodeadas de árvores cujas folhas dançavam com o vento como se dessem boas vindas  . Haviam outros lobos a caminhar . Então um silêncio e uma troca de olhar entre eles. Os ruídos estavam mais próximos. Trotes e galopes, gritos de homens e marchas. O lobo cinza que estava à frente da alcateia o convida gesticulando com a cabeça . Caminharam e subindo pela floresta a dentro com passos firmes sobre a relva viva até chegarem num ponto alto onde as árvores ficavam atrás e outras ao horizonte como uma plateia. O lobo valente já via os céus e era noite. E lá estava sua companheira das noites solitárias agora compartilhada com outros irmãos: A lua cheia ; admirou-na e as estrelinhas brilhantes refletiam em seu olhar imperial. Puderam ver uma grandiosa tropa marchando como uma extensa linha negra cortando a floresta.  O lobo cinza com olhos mais negro que o céu foi à beira do precipício e uivou com vigor. A Lua estava grande e o iluminava tornando celestial com seus pelos brancos viventes.  O outros uivaram formando uma orquestra harmoniosa.  


segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Teatro





A vida é engraçada. Agindo sutilmente como numa brincadeira de segundas risadas onde a comédia pode ser um longo teatro trágico. Nos bastidores , os tristes atores com suas esperanças alimentadas pelo chamar do público, mas são apenas ventos soprando pelas frestas de janelas velhas e enferrujadas. Mas deixe eles acreditarem, deixe a luzes apagadas e que atuem essa peça fúnebre até que a luzes se acendam e mostre a tragédia eminente de um fim sem aplausos. Você acha que há um telespectador? Talvez um coração aflito e uma mente confusa, uma alma desesperada que foi calada pelo bom senso dos fantasmas de ternos que saem antes de ver sua apresentação. Dê liberdade a sua alma, deixe o coração em paz. Quando te dizerem que as luzes estão apagadas , vá e as ascenda , veja a plateia que te assiste. Quando fizeres isso...bom , o desfecho será improvisado.